sábado, 4 de abril de 2009

Usina de Idéias

Quando o capital encontra a oportunidade está desenhado o casamento perfeito e nada mais poderia atrapalhar o surgimento de um novo negócio.

Que bom se assim fosse, mas as grandes idéias muitas vezes estão no estado bruto e até chegarem ao ponto de se transformarem num negócio de verdade passam por um longo período de lapidação.

A lapidação nada mais é do que um processo de refinamento da idéia, para que ela apresente seu verdadeiro brilho a ponto de encantar e despertar o real interesse dos detentores do capital em apoiar esse novo negócio.

O que observo no dia a dia é que o empreendedor que tem a capacidade de criar novas propostas de negócios e identificar oportunidades não tem a mesma habilidade para traduzir essas idéias de forma que elas convençam.

Geralmente o criador costuma estar a “mil por hora” nas suas idéias e isso dificulta que ele se concentre numa única proposta. É como o pintor de quadros habilidoso que tem toda a sua energia voltada para a arte, ele não consegue identificar o real valor de suas pinturas, sua vida é transpirar a criação de novos temas e seu dom é artístico. Quando ele encontra um bom marchand sua arte se transforma num negócio lucrativo.

Conheço empreendedores que são uma usina de idéias, só que com a torneira do tanque aberta, não conseguem represar nada, criam, jogam no ar, a idéia se perde e partem para outras viagens, assim vivem sem nada concretizar…

A habilidade para identificar uma oportunidade está mais relacionada a percepção aguçada e sensibilidade a flor da pele, já o detalhamento de uma proposta e sua tradução em números é uma habilidade essencialmente técnica, pede senso crítico apurado e capacidade de fechar o foco.

Raros são os caso onde a sensibilidade extrema para identificar oportunidades habita no mesmo corpo humano que também sabe fazer um detalhamento técnico de qualidade.

Já uma habilidade fundamental a todos nesse processo de criação de um novo negócio, seja em vôo solo ou com parcerias é a capacidade de relacionar e saber ouvir, sem elas não se vai a lugar algum.

Cresci escutando o dito popular: “ Deus não da asas para cobra” e isso apesar de simples e banal é uma grande verdade, imagine se o criador das idéias tivesse a capacidade técnica de refinar essas idéias e torná-las aplicáveis e ainda por cima detivesse capital de sobra para colocá-las em prática.

Acredito cada dia mais que essa necessidade das pessoas dependerem uma das outras para a criação de negócios vitoriosos é que torna tão fascinante e desafiadora a prática do empreendedorismo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Nunca é tarde para mudar (de vida, de idéia ou de carreira)

Nunca é tarde para mudar (de vida, de idéia ou de carreira)

Artigo publicado na Gazeta Mercantil de hoje, por Marcelo Cherto:

Nunca é tarde para mudar

Imagino que aconteça também com outras pessoas com alguma exposição em eventos e na mídia: volta e meia recebo e-mails de pessoas que não conheço, pedindo conselhos e opiniões sobre aspectos cruciais de sua vida profissional, pessoal e até familiar. Algumas se desapontam - e até se irritam - quando digo que não tenho condição de ajudá-las. E muito menos de decidir por elas.

Por isso, fico feliz quando se trata de um problema que posso ajudar a sanar. Como foi o caso de uma moça de 30 anos que me escreveu alguns dias atrás dizendo que, depois de haver se graduado e trabalhado durante quase uma década em outra profissão, acaba de se dar conta de que gostaria mesmo é de trabalhar com Marketing. E qual o problema? Ela se considera velha demais para fazer um novo curso e iniciar uma nova carreira. Velha aos 30 anos? Só tinha um jeito: contei a ela a história de Christopher Peter Bueno Netto.

É pouco provável que você já tenha ouvido dele. Mas, como leitor da Gazeta Mercantil, deve saber quem é Fabio Bueno Netto, o empreendedor que teve a idéia de usar vending-machines para comercializar livros em estações de metrô. Pois Christopher é pai do Fabio.

Nasceu na minúscula Ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico. A mesma onde Napoleão foi exilado. Seu pai, natural do interior de São Paulo, foi dar com os costados naquele fim de mundo porque, aos 18 anos, leu um anúncio de jornal procurando um taxidermista (empalhador de animais) e exímio atirador para integrar a expedição do Blossom, navio inglês de pesquisa em viagem exploratória pelo mundo afora. E ele, que era capaz de derrubar uma mexerica a mais de 20 metros cortando seu talo com um tiro certeiro de estilingue ou espingarda, fez um cursinho rápido de taxidermia no Museu Nacional do Rio de Janeiro, conquistou a vaga e lá se foi.

Em Santa Helena, conheceu aquela com quem viria a se casar. E que viria a ser a mãe de Christopher... e de mais oito filhos. Fosse na ilha, ou no Brasil, para onde a família se mudou anos depois, a molecada dava duro para ajudar no sustento da casa. E nosso herói, que sempre teve uma vontade louca de estudar, precisou esperar para fazer os cursos com que sonhava.

Na verdade, Christopher esperou um bocado: comemorou seu aniversário de 40 anos estudando para o vestibular da PUC de Campinas, onde cursou Economia. Já perto dos 60, fez outro curso e se tornou Mediador voluntário numa Câmara de Arbitragem em Curitiba. Aos 65, foi fazer pós-graduação em Produção Industrial na Universidade Federal do Paraná.

Hoje, a poucas semanas de completar 76 anos, é um dos membros mais ativos do Conselho de Segurança de Maringá. E, no início deste mês, ligou radiante para o filho Fabio, contando como havia sido seu primeiro dia como aluno do primeiro ano da Faculdade de Direito.

Christopher Peter é a prova viva de que nunca é tarde para se aprender algo novo. Nem para mudar de vida, de idéia ou de carreira.

Filmes para inspirar

A ficção já produziu alguns dos mais conhecidos e bem-sucedidos personagens de negócios. De Daniel Plainview, do filme Sangue Negro, ao caricato Willy Wonka, de A Fantástica Fábrica de Chocolate, todos entraram para a memória do público não só pela personalidade marcante, mas pelo jeito único de gerir empreendimentos.

Está sem inspiração para dar uma guinada na sua empresa? Que tal aproveitar a folga do fim de semana e conferir a atuação dessas feras? Além de diversão garantida, elas certamente têm muito a lhe ensinar:

Forrest Gump (Forrest Gump): No longa que ganhou seis Oscars, Tom Hanks emociona os espectadores e alerta: para se dar bem nos empreendimentos é preciso sorte e inteligência. Ou pelo menos uma delas.

Sweeney Todd e Mrs Lovett (Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet): Na barbearia, ele corta cabelos e gargantas. No porão, ela assa tortas que têm como recheio o cadáver das vítimas. Pode parecer macabro, mas a parceria dá certo e rende muitos lucros.

Vianne Rocher (Chocolate): Interpretada pela bela Juliette Binoche, ela viaja por cidades francesas para abrir sua chocolateria. Com receitas de dar água na boca, a protagonista vence todas as barreiras do preconceito e transforma a sociedade em que vivia.

Jerry Maguire (Jerry Maguire - A Grande Virada): Ele só tem um cliente e precisa fazer de tudo para não perdê-lo.

Willy Wonka (A Fantástica Fábrica de Chocolate): No longa de Tim Burton, empreender ganha um ar lúdico e se transforma em uma deliciosa brincadeira.

Charles Foster Kane (Cidadão Kane): O melhor personagem trágico de Orson Welles conquista o mundo, mas perde a alma.

Mildread Pierce (Alma em Suplício): Interpretada por Joan Crawford, a heroína do filme monta uma rede de restaurantes para poder dar a sua filha uma vida de glamour e conforto. O restaurante vira um sucesso, mas ela não contava com a ingratidão da filha.

Rick Blain (Casablanca): Existe empresário mais elegante do que o dono do “Rick’s Café Américain”? Ou melhor exemplo de que algumas coisas na vida são maiores que business?

Daniel Plainview (Sangue Negro): Empreendedor por natureza, Plainview se torna o maior magnata do petróleo nos Estados Unidos. Porém, notoriedade e riqueza não são capazes de resolver os problemas que o perturbam.

(Extraído do Papo de Empreendedor)

Crise nas exportações abre oportunidade

Com as exportações brasileiras caindo (leia aqui), seguindo o comportamento de outros países, as micro e pequenas empresas podem surpreender. Essa é a avaliação do analista de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Carlos Tavares.

O ministério, em parceria com o Sebrae e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, ministrou na semana passada um curso de capacitação em exportação voltado a micro e pequenos empresários de diversos setores, em Nova Iguaçu, RJ. Tavares acredita que muitos negócios de menor porte podem alavancar seus rendimentos se conhecerem os procedimentos necessários para entrar no mercado internacional.

“O Brasil não está sendo tão atingido pela crise como diversos países (…) A pequena empresa tem maior mobilidade [que as grandes] e, conseguindo pequeno volume de crédito, pode aproveitar essa fase para conquistar novos mercados. (…) O mercado internacional tem espaço para diversos setores (…). Mas existe uma série de normas e regras que os exportadores precisam conhecer. É possível exportar tudo, basta estar preparado para cumprir as exigências do mercado internacional”.

Dados de 2007 do MDIC apontam que aproximadamente 20 mil empresas exportam, e cerca de metade são micro e pequenos empreendimentos. Contudo, suas exportações representam apenas 1,5% do volume financeiro total exportado (R$197 bi), o que Tavares considera pouco. Com esse quadro, há bom espaço para as pequenas crescerem para fora do país. Confira informações sobre os procedimentos para exportar seus produtos neste site do governo.


(Extraído do Blog Papo de Empreendedor)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Empreendedorismo por oportunidade cresce no Brasil

Em 2008, o número de brasileiros que abriram um negócio por oportunidade superou o de pessoas que montaram uma empresa apenas por necessidade. É o que revela a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) divulgada nesta terça-feira (17) pelo Sebrae. O estudo constatou que para cada brasileiro que empreende por necessidade, dois o fazem por oportunidade. Nos Estados Unidos, existem seis empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade.

Para Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), houve um aumento na qualidade do empreendedorismo brasileiro, o que tem feito com que a taxa de descontinuidade das empresas sofra um recuo. Entretanto, ele acredita que a grande maioria da população brasileira ainda sonha com o emprego formal. “Muitas pessoas preferem o emprego estável, com carteira assinada e só pensam em ter o próprio negócio quando ficam desempregadas e não há outra maneira de ganhar dinheiro para sustentar suas famílias”, diz.

Segundo a GEM, há 14,6 milhões de empreendedores no Brasil. A taxa de empreendedores por oportunidade ficou em 8,03%, o equivalente a 9,78 milhões de pessoas. Já os empreendedores por necessidade obtiveram índice de 3,95%, um total de 4,81 milhões de indivíduos.

Lud Figueiredo (Extraido do Blog Bota Pra Fazer)

Empreendedor não aprende com fracasso

Empreendedor não aprende com fracasso
Postado no 26/03/2009 por Bota Pra Fazer
Se na primeira vez você não for bem-sucedido, pouco importa ter tentado. Essa parece ser a mensagem de um estudo preliminar preparado por uma equipe da Harvard Business School.

O estudo revelou que, quando se trata de empreendedorismo apoiado em risco, a única experiência que conta é o sucesso.

“Os dados são absolutamente claros”, diz Paul A. Gompers, professor de administração de empresas e um dos autores do estudo. “O fracasso engendrará um novo conhecimento ou experiência que poderá ser alavancado em desempenho na segunda vez?” ele pergunta. Em alguns casos, sim, mas em geral, diz ele, “descobrimos que não há nenhum benefício em termos de desempenho”. O estudo analisou milhares de companhias respaldadas por capital de risco de 1986 a 2003.

Gompers e os coautores Anna Kovner, Josh Lerner e David S. Scharfstein descobriram que empresários estreantes que receberam financiamento de capital de risco tiveram uma chance de sucesso de 22%. O sucesso foi definido como a abertura do capital ou o pedido de abertura. Gompers diz que os resultados foram similares quando se usou outros parâmetros, como uma aquisição ou fusão.

Empresários que já foram bem-sucedidos são muito mais propensos a ter sucesso de novo: sua taxa de sucesso para companhias posteriores apoiadas por capital de risco foi de 34%. Mas os empresários cujas empresas haviam sido liquidadas ou pedido concordata tiveram quase a mesma taxa de sucesso na segunda experiência quanto os estreantes: 23%.

Em outras palavras, tentar e falhar não trouxe nada para os empresários - foi como se eles nunca houvessem tentado. Ou, como Gompers o coloca, “para o empresário médio que tentou, nenhum aprendizado aconteceu.” Essa descoberta vai contra a sabedoria convencional do Vale do Silício, onde o fracasso é visto como uma importante oportunidade para aprender.

FRACASSO
Mas nem todos os fracassos são iguais, explica William H. Davidow, um sócio fundador da empresa de capital de risco Mohr Davidson Ventures. Uma companhia pode fracassar porque seu timing foi ruim ou porque o empresário era um mau administrador.

Davidow, que diz que teria esperado “uma taxa de sucesso de segunda vez maior para empresários fracassados”, diz que um empresário que fracassou num empreendimento anterior “entraria pela porta para conversar comigo” sobre uma nova ideia. Mas, acrescenta, “eu ia querer saber por que o último negócio fracassou, e o que a pessoa aprendeu com isso.”

fonte: - Agência Estado

12 Características da Geração Facebook(Y)

(Texto extraido do blog HSM http://hsm.updateordie.com/ )

Na sua coluna do Wall Street Jornal, Gary Hamel coloca as 12 características
relacionadas ao trabalho, que a geração que cresce se relacionando através de redes sociais online, o que ele chama de Geração F (Geração Facebook) irá exigir das organizações. Hamel está em uma cruzada para descobrir as práticas de gestão necessárias para esse novo mundo, mais democrático. Por aqui você encontrará diversos posts relacionados a esse assunto, basta clicar na recém criada categoria Gestão 2.0 na coluna da direita.

As 12 características dos nativos digitais, relacionadas ao trabalho:

1- Todas as ideias competem no mesmo patamar.

As ideias na web são seguidas e não impostas, ganham tração de acordo com o seu mérito e não por poderes políticos ou por serem patrocinadas.

2- Contribuição conta mais do que a credencial

Quando você coloca um vídeo no You Tube ninguém pergunta se você fez curso de cinema. Na web não importa sua posição, currículo ou título acadêmico, importa o conteúdo e criatividade.

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3- Hierarquias são naturais, não impostas

Em um fórum de discussão aqueles que contribuem com as respostas mais resolutivas e inteligêntes ganham mais respeito de seus colegas. A hierarquia nasce de baixo para cima.

4- Líderes servem, não presidem

Não existe poder formal, o papel do “líder online” é servir a comunidade.

5- As tarefas são escolhidas, não impostas.

As pessoas que escolhem escrever em um blog, trabalhar em um projeto open-source ou participar de fóruns de discussão, o fazem por escolha própria.

6- Grupos se auto definem e se auto organizam

Podemos nos relacionar e acompanhar somente aquelas pessoas e/ou empresas que escolhemos. Sabe aqueles “colegas” de trabalho que você precisa conviver diariamente em reuniões ou projetos? Na web isso não existe.

7- Recursos são atraídos, não alocados

Online, o esforço humano é atraído por projetos que façam sentido para o indivíduo. Os recursos não são alocados de maneira política e hierárquica. A web, é uma economia de mercado onde milhões de pessoas escolhem como e aonde irão gastar o seu tempo e atenção.

8- O poder vem através do compartilhamento de informação, não da mentalidade de escassez.

Para ganhar influência e status online, você precisará doar seu conteúdo e conhecimento.

9- As opiniões se acumulam e as decisões são julgadas pelos seus colegas

A sabedoria das multidões chega ao seu ápice no universo online. As ideias ganham seguidores e esse movimento pode causar disruptura em instituições offline.

10- Os usuários podem vetar muitas das políticas decididas.

Você pode ter criado e desenvolvido a comunidade online, mas os usuários é que são os donos.

11- As recompensas intrinsecas possuem mais valor

Dinheiro é ótimo mas não deixe de levar em conta o reconhecimento e prazer de construção de algo que faça sentido para as pessoas.

12- Hackers são heróis

As comunidades online tendem a seguir aqueles que possuem uma visão anti-autoritária e transgressora.

Hamel argumenta que essas características estão no DNA social da Geração F, mas não são encontradas no DNA de gestão das empresas presentes na Fortune 500. Existem muitos “garotos (as)” procurando emprega agora mas poucos se sentirão bem na “terra do cubículo”. Faz sentido.